sábado, 22 de março de 2014

Segundo casamento há benção nele?

EDIÇÃO 84 > ESPECIAL
Há bênção na segunda chance?
Segundo casamento
Uilians Santos
Existe no meio evangélico quase um consenso de que o divórcio e, conseqüentemente, um segundo casamento são atos pecaminosos, indignos de pessoas que declaram Jesus Cristo como Senhor e Salvador. A posição é baseada em passagens bíblicas como Malaquias 2.16, onde Deus deixa claro que “odeia o divórcio” e que este não foi o plano inicialmente estabelecido para a família. Porém, a própria Palavra do Senhor mostra que em algumas situações como infidelidade, relatada em Mateus 19, ou abandono, como esclarece 1 Coríntios 7.15, a separação é aceita e deixa a pessoa livre da condenação do pecado e do julgamento de outras pessoas.
Apesar das argumentações serem variadas, assim como as interpretações, o notório é que o tema é um tabu entre crentes e gera várias discussões. O assunto ganha mais força num momento onde o número de separações e recasamentos de evangélicos vêm aumentando em todo o mundo. Pesquisa realizada pelo Barna Research Group mostra que o índice de divórcios entre os cristãos americanos é mais elevado do que a média da parcela da população não-crente. Segundo o estudo, 27% das pessoas que declaram Cristo como Senhor já passaram por essa experiência, contra 24% dos adultos não “alcançados”. O Instituto Gallup também rastreou a vida dos casais cristãos americanos e encontrou resultado bastante parecido. A pesquisa apontou que 26% dos protestantes e 23% dos católicos já foram divorciados em algum momento da vida.
No Brasil a situação não é diferente. Em 2005, a Sepal (Servindo Pastores e Líderes), em parceria com o Ministério Apoio, realizou uma pesquisa para traçar o perfil das pessoas sem casamento nas igrejas brasileiras. Um dos objetivos do estudo era “conhecer a realidade afetiva, sexual, familiar e social” das pessoas que não estavam casadas no meio evangélico e preparar a igreja para trabalhar com elas.
O levantamento, feito com 478 evangélicos de diversas denominações de todas as regiões do país, revelou que pessoas entre 41 e 60 anos (79%) que responderam à pesquisa estavam divorciadas. Dos crentes que não estavam casados nas igrejas brasileiras, a partir dos 30 anos, a pesquisa mostrou que 34% dos homens e 32% das mulheres estão divorciados. O estudo revelou ainda que 22% dos homens e 13% das mulheres se encontravam separados.
Ao lado das questões espirituais, e por ser uma decisão que não afeta diretamente a vida do casal, mas de toda a família, é preciso levar em conta vários fatores antes de chegar a uma decisão. Até que ponto o divórcio e o novo casamento são atitudes realmente corretas aos olhos do Senhor? Como a igreja deve lidar com essa crescente situação? O que a Palavra de Deus diz sobre o assunto? Caso existam filhos, como eles reagirão à separação?
Estas são algumas das questões que devem ser feitas. “A decadência moral da sociedade contemporânea está influenciando a igreja. Em vez de a igreja lutar contra a cultura do relativismo mundano, ela está sendo influenciada”, afirma o pastor e escritor Hernandes Dias Lopes.
Lopes explica que em apenas duas situações o divórcio é legitimado: infidelidade (Mt 19.3-12) e abandono (1 Co 7.15). O autor do elucidativo Casamento, Divórcio e Novo Casamento (editora Hagnos) não é favorável à separação. Em sua obra, ele não aborda apenas questões sobre o divórcio, mas mostra ensinamentos para a boa convivência do casal e de como se construir um matrimônio sólido: “Penso que o perdão e a mudança de conduta são melhores do que a separação”.
DEUS DO IMPOSSÍVEL
O perdão é uma das principais características de Deus e do cristianismo ao longo dos séculos. Por meio do seu amor incondicional, o Senhor deixa claro que é capaz de esquecer os erros cometidos por qualquer pessoa que os “confessar” e os abandonar. E no casamento não é diferente.
Um dos exemplos é o de Davi que, mesmo após ter matado e cometido adultério com a mulher de Urias, foi perdoado quando reconheceu seu erro e acabou tornando-se “um homem segundo o coração de Deus”. Além disso, de uma relação que começou ilícita, foi gerado o rei Salomão, e da mesma linhagem nasceu Jesus Cristo.
Além desse exemplo na vida de Davi, a Bíblia registra nos três primeiros capítulos do livro de Oséias a história de Gômer, esposa do profeta que, seduzida pela luxúria, acaba deixando o lar para viver com seus amantes. Este incidente da vida do profeta é usado como exemplo, no texto, para também mostrar a prostituição em que se encontrava Israel, que havia se “cansado” de Deus e se entregado a outros deuses.
No capítulo 3, o Senhor deixa claro que, mesmo traído, não abandonaria Israel, e o mesmo esperava de Oséias. “O Senhor me disse: Vá, trate novamente com amor sua mulher, apesar de ela ser amada de outro e ser adúltera. Ame-a como o Senhor ama os israelitas, apesar de eles amarem outros deuses” (vs.1).

Estudioso do tema e com aproximadamente 25 anos de experiência no aconselhamento de casais, Lopes, que está à frente da 1ª Igreja Presbiteriana de Vitória (ES), explica que as pessoas que optaram pela separação dentro do que é previsto pela Bíblia não podem ser condenadas e nem vistas como pecadoras por decidirem casar novamente.
Para ele, quem proíbe ou condena o novo casamento de divorciados segundo as leis bíblicas comete um erro. “A Bíblia não nos autoriza a colocar esse fardo sobre os ombros daqueles que foram vítimas da infidelidade do cônjuge ou abandonados. Assim, onde a Bíblia permite o divórcio, ela também ratifica o novo casamento”, ensina. “Chamar de pecado o que Deus não chama de pecado é um grave erro. O apóstolo Paulo alerta para o ensino perigoso dos espíritos enganadores que proíbem o casamento (1 Tm 4.3)”, escreve.
Na avaliação do pastor e terapeuta familiar Josué Gonçalves, existe muita “ignorância quando se trata de separação conjugal”. Muitas vezes, a igreja acaba esquecendo de seguir o exemplo da compaixão ensinada por Jesus Cristo e acaba atrapalhando mais do que ajudando as pessoas que foram obrigadas a tomar essa decisão. Embora seja contrário à banalização do casamento, Gonçalves, que atende casais e realiza palestras em várias regiões do Brasil e do exterior, reconhece que, em “alguns casos”, a separação “é uma questão de bom senso e de preservação até da integridade física”. Outro fator para a crise do casamento é a secularização, que tem deixado muitas marcas entre os crentes. “A causa principal é a crise de compromisso que estamos vivendo dentro e fora dos portões da igreja. Amar, antes de ser um sentimento, é uma decisão. Esta decisão precisa ser responsável e de longa duração. A igreja não pode perder o senso de radicalidade do Evangelho”, comenta.
Após cinco anos de casamento, Deborah dos Santos Travassos, 30 anos, foi obrigada a colocar um ponto final em seu casamento depois que descobriu que o ex-marido, que ocupava cargos de liderança, mantinha, há mais de um ano, um caso extraconjugal com uma irmã da igreja onde congregavam. Depois de tomar conhecimento da traição, nos doze meses seguintes ela ainda tentou salvar o casamento. Porém, como o ex-marido não mudou sua conduta, preferindo ficar com a amante, Deborah decidiu buscar a própria felicidade. “Eu estava sendo humilhada e não podia ficar correndo atrás de uma pessoa que estava me fazendo sofrer. Eu queria ser feliz e viver.”

Para o casal Jessé Bueno e Suely Lemes de Oliveira, diretores nacionais do MMI Brasil, que promove o Curso Casados para Sempre, o casamento não deve ser desfeito em nenhuma circunstância
Embora sua vida espiritual tenha sido inicialmente abalada, Deborah nunca perdeu a fé e a esperança de construir uma família. Orientada por seu pastor e crendo que Deus a ajudaria a solucionar seu drama, ela se casou novamente. Hoje, passados cinco anos ao lado de Moisés, que na época iniciava na caminhada cristã, ela comemora um dos melhores momentos de sua história (Deborah também é mãe de uma linda menina chamada Letícia). “Sempre tive certeza da vitória. E hoje vivo aquele sonho que sempre quis ter”, garante. “Na época, quando tudo aconteceu, muitas pessoas me disseram que a glória da segunda casa seria melhor do que a primeira”, afirma, dizendo que tem vivenciado essa verdade bíblica. “Quando você está na presença de Deus e fazendo as coisas certas, tudo acaba te conduzindo a Ele.”

JOGO ABERTO
Na avaliação do pastor Fausto Brasil, responsável pelo Ministério Apoio, entidade cristã fundada em 1996 com o objetivo de atender pessoas “solteiras, divorciadas e viúvas”, a igreja deve, primeiramente, ser honesta ao ensinar à congregação o que crê. “Se o novo casamento não faz parte de suas convicções, seus membros precisam saber disso e o porquê”, diz. “Outra situação é a igreja não aceitar o divorciado casado de novo como membro. Ela pode até não aceitar, mas não pode impedir que estes freqüentem as reuniões e os cultos, e, por mandamento, deve amar a todos indistintamente.”
Fausto Brasil avalia que considerar todos os divórcios e o segundo casamento como algo pecaminoso é um grave erro. Porém, explica que se uma pessoa sair de casa, assumir um “relacionamento adúltero”, não se arrepender de seu ato e não buscar restaurar seu casamento, mas mantê-lo desta forma, “está, sim, em pecado”. “Ao falar sobre divórcio, Jesus é muito claro em afirmar que o mesmo ocorre devido à ‘dureza do coração’ (Mateus 19.8). Quando o coração de um, do outro ou dos dois endurece, não há mais espaço para arrependimento, para perdão, para reconciliação, e a separação parece ser a saída.”

Deborah Travassos foi obrigada a encerrar seu casamento depois de descobrir que o ex-marido, que ocupava cargos de liderança, mantinha um caso extraconjugal. Hoje comemora vitória ao lado de Moisés e da filha Letícia, sua nova família
O pastor presbiteriano Wesley Triunfo Rocha, 39 anos, casou-se novamente depois de sofrer com “problemas conjugais relatados em Mateus 19” e ser abandonado pela ex-esposa. “A separação não foi o melhor caminho. Busquei a restauração, mas não foi possível. Não poderia ficar com alguém que não queria viver mais comigo.”
Na época em que passava pelo processo de separação, cinco casais de sua igreja – na pequena Piratininga, cidade do interior paulista, com cerca de 10 mil habitantes – também estiveram próximos de colocar um ponto final no matrimônio. Depois de acompanhamento pastoral e trabalhos de cura interior, todos os casais resolveram permanecer juntos. Entretanto, o pastor acredita que a posição de expor para a igreja o problema que enfrentava colaborou para que os casais em crise compreendessem a importância do casamento. “Eu ainda creio e prego que o casamento é para sempre”, reforça Rocha.
Além de ser favorável ao divórcio, mas somente após esgotar todas as possibilidades de uma reconciliação, Rocha lembra que agressões, violência doméstica, traição, dureza de coração e abandono são algumas situações que podem levar pessoas a terminar um relacionamento.

Adolfo Costa e Deize de Paula eram separados e se casaram há 28 anos. Ele é pastor há 15 anos e acredita que a falta de orientação é, hoje, a principal causa para o alto índice de divórcios na igreja
O pastor conta que atendeu a um caso em sua igreja em que a mulher era agredida fisicamente pelo marido. Mesmo depois de muita conversa, acompanhamento de especialistas e aconselhamento pastoral, as surras à esposa e aos filhos não cessaram. Em várias ocasiões, as sessões de violência e ameaças de morte terminavam na delegacia. “Como dizer que aquela família levava uma vida de bênçãos se dentro de casa era um inferno?”, questiona pastor Rocha. Depois de acompanhar de perto, durante anos, aquela situação e não ver nenhuma evolução, o pastor começou a temer o pior e sugeriu a separação do casal. “Como poderia dizer para a pessoa continuar casada numa situação dessas? Ela e as crianças corriam sérios riscos de vida”, enfatizou.
Numa situação extrema como essa, o pastor Ciro Eustáquio Lima de Paula, responsável pela Rede da Família, que desenvolve diversas atividades com fundamentação bíblica para atender lares em diversas áreas, revela que não incentivaria o rompimento dos laços matrimoniais. “Mesmo que o agressor passe um período na cadeia, preferimos que o casal permaneça casado.”
Josué Gonçalves afirma que cada divórcio tem uma história e os diversos casos não podem ser tratados de forma generalizada. Falta de maturidade, de comunicação, desajuste sexual, ciúme doentio, insatisfação sexual, falta de conselheiro, intromissão de parentes no casamento, desequilíbrio financeiro, incompatibilidade espiritual e falta de perdão são as principais causas que têm levado casais a terminarem um matrimônio. Nessa circunstância, a congregação, como defensora da família, tem importantes papéis a cumprir, como preparar os que vão se casar, tratar das uniões em crise e socorrer as pessoas que passaram pelo divórcio. “A igreja deve buscar sempre trabalhar na restauração dos casamentos arruinados. Porém, existem pessoas que foram abandonadas, traídas, forçadas por uma situação irreversível e precisam ser assistidas, tratadas, apoiadas e curadas.
A igreja é uma grande clínica da alma: tem a missão de curar aqueles que sofreram uma separação que sempre é traumática”, frisa.

ANALISANDO AS EXCRITURAS
Verificar o que realmente diz as Escrituras é uma das lições para contrariar o radicalismo e as interpretações equivocadas da Palavra de Deus nessas situações. Para Jaime Kemp, fundador do Ministério Lar Cristão, entidade que tem ajudado milhares de pessoas a restaurarem a harmonia de suas casas, o pastor que se separou sem o consentimento bíblico perde a ‘autoridade’ e ‘credibilidade’ para permanecer diante do trabalho. Ele lembra que em 1 Timóteo 3, o apóstolo Paulo deixa registrado que o líder precisa tomar alguns cuidados no exercício da atividade ministerial, como ‘ser marido de uma só mulher’ e ‘não ser motivo de acusação’.
“Em minha opinião, se o líder se divorciou em base não bíblica, perdeu a unção para ficar no cargo de liderança.” Para ele, um dos motivos que tem gerado a "epidemia" de separações e recasamentos nos púlpitos é a má interpretação das Escrituras. “Há pessoas que não têm conhecimento da Palavra de Deus e acabam ensinando heresias”, afirma. Para mudar essa situação, é preciso voltar a ensinar a Palavra, estabelecer regras claras para que todos na igreja fiquem cientes e preparar os casais para enfrentar as adversidades. “Nós deveríamos fazer a diferença, ser sal e luz para modificar e transformar a sociedade, mas hoje é a sociedade que está nos transformando.”
As histórias pessoais de Adolfo Carmo Costa e Deize de Paula Costa são parecidas. Ambos foram casados antes de se converterem, se separaram, e os antigos companheiros não estão mais vivos. Casados há 28 anos, eles construíram uma família e hoje são vistos como exemplo por muitos amigos e familiares. Sempre que um dos filhos enfrenta problemas no casamento, vão buscar o conselho dos pais.
Adolfo Costa, que é pastor há 15 anos e atualmente lidera a Igreja Evangélica Congregacional em Santos (SP), acredita que a falta de orientação é, hoje, a principal causa para o alto índice de divórcios na igreja. Para evitar que problemas ocorram e o número de separações aumente, ele defende que a igreja tenha um grupo de apoio que preste auxílio aos casais e oriente na educação dos jovens em relação ao casamento. “Um casal tem o direito de se unir e ser feliz. É isso o que o Senhor quer de nós”, ressalta.
A Rede da Família está ligada à Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG) e acompanha o casal desde o namoro. Os noivos passam por um estudo bíblico antes de trocarem as alianças e, após o casamento, têm a oportunidade de fazer cursos voltados para diversas áreas da vida familiar, como finanças e criação de filhos. “Trabalhamos no sentido de o casamento não ser desfeito”, explica o pastor Ciro Eustáquio.
A grande quantidade de informações acaba se refletindo positivamente na vida dos casais. Segundo ele, a média de separações das pessoas que passam pelo curso está aproximadamente 5% inferior aos 30% da média brasileira.
Nas situações de pessoas que desejam se casar novamente, um dos cuidados é analisar, por meio de uma entrevista, se a primeira separação teve fundamentação bíblica. “Tem casos em que não aconselhamos e não realizamos o casamento.”
Para mudar o quadro atual, além do investimento na educação, participação da igreja e preparação dos jovens, os bons exemplos a ser seguidos precisam partir de casa. Nessa missão, o pastor e terapeuta familiar Josué Gonçalves sugere que os pais devem servir como espelho e viver uma vida conjugal equilibrada para que os filhos trilhem os mesmos modelos ao longo da vida. “Cada um de nós é responsável pela decisão que toma, pois a Palavra está aberta para todos como um aferidor que deve nos dirigir em cada escolha que fazemos”, ensina.
Para o casal Jessé Bueno de Oliveira e Suely Lemes Barbosa de Oliveira, diretores nacionais do MMI (Marriage Ministries International) Brasil, entidade que promove o Curso Casados para Sempre, o casamento não deve ser desfeito em nenhuma circunstância. Na avaliação deles, as igrejas que aceitam e realizam o casamento de pessoas separadas estão abrindo precedentes para que outros casos de separação ocorram. “Às pessoas que já passaram por esta experiência de divórcio e novo casamento orientamos a respeito do arrependimento, porque um pecado é o divórcio, e o outro é o segundo casamento”, afirma.
Nos cursos realizados em todo o Brasil, o aconselhamento é valorizado pelo bem da família, e homens e mulheres são orientados a lutar pelos seus casamentos, independentemente das situações que os levaram ao rompimento. “Se lutarmos pela manutenção da aliança, que é o plano original de Deus, certamente ajudaremos a evitar muitos problemas futuros. Cremos em um Deus todo-poderoso, para quem não há impossíveis”, arremata o casal.

pergunta de um esprita a um pastor

Arlindo Ewerson – Salvador (BA)

Olá Reinaldo. Eu sou um espiritualista kardecista com muito orgulho. Gostaria de entender porque os protestantes fazem tamanha oposição a uma realidade que inclusive está na Bíblia. Nós respeitamos muito a vocês, mas por que que vocês não nos respeitam?

Resposta

Meu caro Arlindo, a todo ser humano, independente de sua prática religioso ou qualquer outro aspecto que o distinga, somos devedores no tocante ao respeito e o amor, pois isso é premissa universal da fé cristã. Nada disso, porém, coloca em prejuízo a verdade da fé e do ensinamento bíblico, citado de maneira errada por você. Espiritualismo é um nome moderno para o que a Bíblia chama feitiçaria ou espiritismo. Um espiritista é um místico que se torna num canal, ou num agente receptor, para receber comunicações que vêm do mundo dos espíritos. Que Diz Deus sobre o espiritismo? A Bíblia diz em Levítico 19:31 “Não vos voltareis para os que consultam os mortos nem para os feiticeiros; não os busqueis para não ficardes contaminados por eles. Eu sou o Senhor vosso Deus.”

O Espiritismo já era comum entre os pagãos nos tempos remotos. Deus preveniu os Filhos de Israel para não se envolverem com o espiritismo justo antes de entrarem na Terra Prometida de Canaã. A Bíblia diz em Deuteronômio 18:9-12 “Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti.”

As pessoas buscam conselhos dos médiuns psíquicos. Qual é a fonte verdadeira das mensagens transmitidas por estes espiritistas? Um episódio na vida do Apóstolo Paulo esclarece o assunto da identidade dos espiritistas. A Bíblia diz em Atos 16:16-18 “Ora, aconteceu que quando íamos ao lugar de oração, nos veio ao encontro uma jovem que tinha um espírito adivinhador, e que, adivinhando, dava grande lucro a seus senhores. Ela, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: São servos do Deus Altíssimo estes homens que vos anunciam um caminho de salvação. E fazia isto por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou- se e disse ao espírito: Eu te ordeno em nome de Jesus Cristo que saias dela. E na mesma hora saiu.”

Espíritos maus, anjos que antes viviam com Deus no céu, rebelaram-se com Satanás e foram lançados ao planeta Terra. A Bíblia diz em Apocalipse 12:7-9 “Então houve guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam, mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou no céu. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; foi precipitado na terra, e os seus anjos foram precipitados com ele.”

Como os espíritos do Espiritualimo são satânicos, esta atividade é odiosa nos olhos de Deus. De fato, durante os tempos dos Israelitas, qualquer pessoa envolvida em espiritismo punida com a morte. A Bíblia diz em Levítico 20:27 “O homem ou mulher que consultar os mortos ou for feiticeiro, certamente será morto. Serão apedrejados, e o seu sangue será sobre eles.” Isaías 8:19 “Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? Acaso a favor dos vivos consultará os mortos?”

Obviamente, não vamos apedrejar nenhum espírita em nossos dias, mas o alertamos expressamente a que se arrependam e voltem-se para Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas. Deus te abençoe.


Leia mais: http://www.reinaldoribeiro.net/news/respondendo-perguntas-de-leitores-jan-14-/

pergunta sobre divorcio

Ariane Lima – Palmas (TO)


Reinaldo, a igreja sempre quis controlar muito a questão da vida íntima das pessoas casadas e normalmente só quem fica viúva é que consegue ter aprovação para casar de novo. Só que as coisas nem sempre são assim tão simples. Eu me casei apaixonada, mas depois o amor acabou e eu me apaixonei por outro homem. Não quis trair meu marido e me separei dele para casar com o outro. Sem falar que meu primeiro marido nem queria compromisso sério com Deus e esse atual gosta de ir pra igreja. Se eu fui sincera então qual é o meu pecado nisso tudo?

Resposta


Ariane, a base de análise que você segue é pessoal e alinhada à filosofia secular, passando bem distante do que dizem as Escrituras. Eu deixarei que a própria Bíblia demonstre isso para você. Por quanto tempo deve durar o casamento? A Bíblia diz em Romanos 7:2 “Porque a mulher casada está ligada pela lei a seu marido enquanto ele viver; mas, se ele morrer, ela está livre da lei do marido.”

Cristo reconhece somente uma razão válida para o divórcio. A Bíblia diz em Mateus 5:32 “Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera; e quem casar com a repudiada, comete adultério.” 

Não agrada a Deus que as pessoas se divorciem, quando no casal existiu fidelidade. A Bíblia diz em Malaquias 2:14-16 “Todavia perguntais: Por que? Porque o Senhor tem sido testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, para com a qual procedeste deslealmente sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança. E não fez ele somente um, ainda que lhe sobejava espírito? E por que somente um? Não é que buscava descendência piedosa? Portanto guardai-vos em vosso espírito, e que ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel, e aquele que cobre de violência o seu vestido; portanto cuidai de vós mesmos, diz o Senhor dos exércitos; e não sejais infiéis.”
Se um dos esposos se divorcia por outra razão além de adultério, ambos devem permanecer solteiros. A Bíblia diz em I Coríntios 7:10-11 “Todavia, aos casados, mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido; se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher.”


O fato de estar casado com uma pessoa que não crê em Deus não é razão suficiente para se divorciar. A Bíblia diz em I Coríntios 7:12-14 “Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher incrédula, e ela consente em habitar com ele, não se separe dela. E se alguma mulher tem marido incrédulo, e ele consente em habitar com ela, não se separe dele. Porque o marido incrédulo é santificado pela mulher, e a mulher incrédula é santificada pelo marido crente; de outro modo, os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos.”

Portanto querida, eu respeito seus sentimentos e também respeito as concepções do mundo, mas a minha referência de fé e prática é a Bíblia e já que você pediu minha opinião, eu penso que você está em adultério e deve regularizar sua situação diante do seu verdadeiro marido ou então permanecer solteira, para que seu pecado não se agrave ainda mais.


Leia mais: http://www.reinaldoribeiro.net/news/respondendo-perguntas-de-leitores-jan-14-/

sexta-feira, 21 de março de 2014

Nudismo evangélico em crescimento!

O Senhor JESUS ALERTAVA SOBRE ESTAS COISAS.

Lucas 17:1 - E disse aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem!


Nudismo evangélico em crescimento!



Agora parece que virou moda tirar a roupa para Jesus! O irmão não leu errado não. É isto mesmo. No Brasil já há vários grupos de evangélicos praticantes de nudismo realizando reuniões de oração do jeito que vieram ao mundo. Nos Estados Unidos e na Austrália há igrejas em que todos participam do culto nús, do pastor às crianças; da vovó à irmã bonitona.

E não são poucos os adeptos desta prática. Eles se chamam “naturistas cristãos” e tem até site, na verdade vários. Sim, pois pude identificar pelo menos seis grupos distintos em atuação no país.

Conheça o site: http://naturistascristaos.org/0menu.htm

Estevão Prestes, na foto ao lado, catarinense e Andréia Baia são os webmasters do site. Estevão gosta de orar nu e já foi expulso de uma igreja. Assim se definem:

Somos um grupo de cristãos de diferentes igrejas que descobriram na prática naturista uma forma de desenvolvimento pessoal, de comunhão mais profunda ou, em alguns casos, apenas uma saudável opção de lazer. Apesar do direcionamento predominantemente evangélico estamos abertos a cristãos de todas as correntes, já que não acreditamos na discriminação.

Assim como o cristianismo, o naturismo também não se restringe a grupos sociais específicos, sendo composto por pessoas das mais diferentes profissões, níveis de escolaridade, faixas etárias e classes sociais. Naturistas aprendem a enxergar o outro além dos rótulos: antes de sermos desta ou daquela classe social, desta ou daquela raça, desta ou daquela religião ou nacionalidade, somos antes de tudo, depois de tudo e em todo o tempo, seres humanos, criados à Imagem e Semelhança de Deus, e esta imagem é o que pode existir de mais sagrado e presente em todos.

A comunhão entre Deus e nudismo custou caro ao arquiteto curitibano Estevão Prestes, 31 anos. Evangélico há 14 anos e freqüentador da Praia do Pinho (Santa Catarina) há três, ele foi expulso da Igreja do Evangelho Quadrangular, da qual foi professor da escola dominical. “Quando meus hábitos foram descobertos, fui chamado pelos pastores a um conselho. Houve a leitura de acusação formal de comportamento imoral”, conta Estevão, que hoje é membro da Igreja Presbiteriana. “Não escondo que sou naturista, mas também não ando com crachá. Os que sabem, me aceitam”, garante.

Estevão gosta de orar sozinho na praia e de ler a Bíblia – nu, é claro: “A vivência naturista me aproxima da espiritualidade. Tenho momentos de comunhão com a natureza, com Deus e o com próximo”, justifica. Pureza não está ligada às roupas’. Há muitos evangélicos naturistas no Brasil. A pureza da alma não está ligada às roupas. Considero o naturismo uma visão da Criação. As pessoas ainda têm preconceito contra o nu porque por falta esclarecimento. Sempre fui atuante na Igreja e não esperava ser excluído de minhas atividades de uma maneira tão desagradável. Mas a religião não deixou de estar no meu dia-a-dia. Converso com Deus seja onde for. Não escondo que sou naturista. Não tenho do que me envergonhar.



Depoimentos:

‘Não me considero um pecador’ . Na minha vida, o naturismo antecedeu a religião. Fico nu há 15 anos, desde que fui à Praia de Trancoso, na Bahia. Já freqüentei Abricó e gosto da Praia Olho de Boi. Há sete anos, eu me tornei evangélico. Não me considero um pecador por ainda buscar praias de nudismo. Onde está na palavra de Deus que é proibido ficar nu? Temos o espírito livre e puro. O que dizer do Carnaval, então? E das revistas de mulheres ou homens pelados? Nós temos uma filosofia de vida: a do respeito ao próximo.Carlos Moreira, 44 anos, comerciante.
Não é só no Rio que os evangélicos estão deixando de lado as indumentárias mais do que comportadas. Considerada um paraíso naturista, a Praia de tambaba, em João Pessoa, Paraíba, reúne entre seus freqüentadores um grupo de pelo menos 15 cristãos, segundo o ex-presidente da Sociedade Naturista de Tambaba Nelci ROnes Pereira de Sousa, 47 anos.

Nascido em família evangélica, Nelci é naturista há mais de 20 anos. "Detesto roupas, o que não quer dizer que eu não tenha Deus no coração. Imoral é o que se faz de sujo com o corpo", defende ele, que está afastado da Igreja Batista há 10 anos. "Não sofri nenhuma crítica. É pura falta de tempo mesmo", diz o programador de computadores.

Já o aposentado Carlos Antonio Pereira de Moraes, 52 anos, deixou os cultos por se sentir "incomodado com o conservadorismo e o fanatismo": "Optei pelo naturismo e sou livre. Ser cristão é pregar o Evangelho onde for".


Naturistas Famosos?

Uma das coisas mais curiosas que vi no site foi uma lista de (supostos) naturistas cristãos famosos, segundo os autores:


AMY GRANT: Esta querida cantora gospel causou uma grande comoção em meados dos anos oitenta ao declarar ter tomado banho de sol e de mar completamente nua numa praia africana.





BILLY GRAHAN: O respeitado e completo evangelista foi conhecido por apreciar banhos em pêlo nas piscinas da Casa Branca em companhia do presidente americano Lyndon Johnson.





C. S. LEWIS: Respeitado conferencista e autor cristão, apreciava a tradicão de natação masculina sem roupas de Oxford e fez referências a vários amigos naturistas em seus escritos.




Obs: Não encontramos nenhuma fonte confiável para corroborar estas alegações.


Nudismo Pentecostal

O nudismo evangélico é uma idéia é tão inovadora, que muitos preferem o anonimato, como a líder de instituição pentescostal há 15 anos, Márcia, 48 anos, que trocou o nome para não ser reconhecida por seus fiéis. A pastora se converteu ao naturismo há três anos, após visitar a Praia Olho de Boi, em Búzios. “Me encantei com o respeito e a pureza. Ser naturista é estar em contato pleno com o Senhor”, defende ela, que visita sítios de lazer e já frequentou a Praia do Abricó, no Recreio, interditada ao nudismo por força de liminar.

Márcia diz ter aprendido que o naturismo não tem conotação sensual. “Vemos a nudez com olhos do espírito, sem malícia”, ensina a pastora, que lamenta o preconceito que enfrenta. “A igreja evangélica está recheada de dogmas e tabus. Somos tolhidos de vermos o mundo como é. Não poderia abrir minhas opiniões aos fiéis. Causaria grande rebelião”, pondera a pastora naturista. Ela também compartilha a palavra de Deus com amigos em recantos de nudismo. “Certa vez, uma irmã estava com sérios problemas e prestei favores espirituais para ela ali mesmo, em um sítio de convívio naturista”, recorda.



Nos Estados Unidos a pouca vergonha corre solta!
Nos Estados Unidos esta prática já não é nem mais novidade. Além de diversos campos, praias e clubes de nudismo apenas para evangélicos (veja o site em inglês: http://www.christiannc.com/index.htm ) agora tivemos a notícia de duas igrejas urbanas onde os membros e os pastores participam nus do culto. Uma fica em um condomínio em Tampa na Flórida e a outra (do vídeo a seguir) fica o Estado americano da Virginia (nordeste dos Estados Unidos). Na capela de Whitetail - uma comunidade nudista fundada em 1984, na cidade de Ivor, roupas são um item opcional.

"Eu não acredito que Deus se importe com a maneira como você se veste quando você faz suas orações. O negócio é fazer as orações", diz Richard Foley, um dos frequentadores.”

Mas, entre os que não fazem parte da congregação, a ideia de uma igreja nudista não agrada muito. Várias pessoas ouvidas nas ruas de Ivor se surpreenderam e disseram achar o conceito de uma igreja nudista desrespeitoso. O pastor Allen Parker discorda:

"Jesus estava nu em momentos fundamentais de sua vida. Quando ele nasceu estava nu, quando foi crucificado estava nu e quando ressuscitou, ele deixou suas roupas sobre o túmulo e estava nu. Se Deus nos fez deste jeito, como isso pode ser errado?"



Lucro
A comunidade nudista de Whitetail vai de vento em popa apesar dos tempos de crise. Segundo a administração do resort, mais de dez mil pessoas visitaram o local no último ano e os lucros subiram 12% no período. Os visitantes dizem que ser nudista é algo libertador. Para eles, em um ambiente como este não há julgamento de classe social e todos ficam livres para ser quem realmente são. Além disso, o clima seria de igualdade. Um frequentador exemplificou isso dizendo que, na comunidade, não é possível dizer quem está desempregado, quem é alto-executivo e quem é encanador.

"Aqui, todos participam, todos são compreensivos e preocupados com a comunidade e com a família. Temos uma das congregações mais ativas da região. Eu considero isso um presente de Deus e um privilégio", disse o pastor Parker.”

Créditos a Genizah (com informações de BBC, GLOBO e sites de naturistas citados)