sexta-feira, 28 de setembro de 2012

CABO BRUNO MORRE


História do Cabo Bruno, de assassino a pastor evangélico executado a tiros

 
Cabo Bruno, convertido e pastor, é assassinado
 
O ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, conhecido como Cabo Bruno, de 53 anos, foi excutado na noite da última quarta-feira (26/09/2012), em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. O crime ocorreu por volta das 23h45 no bairro Quadra Coberta, quando ele chegava em casa, após participar de um culto na cidade de Aparecida.
Cabo Bruno estava solto havia 35 dias depois de cumprir 27 anos de prisão e ser beneficiado, no dia 23 de agosto, pela lei do indulto pleno. Ex-policial militar, ele era suspeito de cometer mais de 50 assassinatos na década de 80 na capital paulista como chefe do esquadrão da morte e chegou a ser condenado a 120 anos de prisão.
De acordo com a Polícia Militar, Florisvaldo estava acompanhado de parentes quando voltava para casa, que fica na rua Álvaro Leme Celidônio, quando dois homens chegaram - um de cada lado da rua - e efetuaram cerca de 20 disparos contra o ex-policial, que morreu na hora. A maior parte dos tiros atingiu o rosto e o abdômen. Nada foi levado e mais ninguém ficou ferido.
Segundo o tenente da PM, Mario Tonini, os tiros partiram de pistolas calibre ponto 45 e 380. "Foram vários disparos só contra ele e tudo indica que foi uma execução, mas ainda depende da investigação da Polícia Civil", disse ao G1.
Os parentes estão abalados e relataram à reportagem desconhecer os autores dos disparos. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Pindamonhangaba, onde permanece até a manhã desta quinta-feira (27).
Indulto pleno
Cabo Bruno cumpria pena desde 2002 na penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé, onde atuava como pastor. Em 2009, o advogado de defesa pediu a progressão da pena - do regime fechado para o semiaberto. Os exames criminológicos apontaram bom comportamento do preso.
Em 14 de agosto de 2012, o promotor Paulo José de Palma, responsável pelo processo do Cabo Bruno, encaminhou um parecer favorável ao indulto para a decisão final da Vara Criminal.
Junto com o parecer do promotor, baseado em lei que prevê a liberdade definitiva para presos com bom comportamento e com mais de 20 anos de prisão cumpridos, estão documentos com elogios de funcionários e da própria direção da P2 quanto à conduta de Florisvaldo na unidade.
Em agosto, na saída temporária dos presos no Dia dos Pais, o cabo deixou a penitenciária pela primeira vez. A saída foi comemorada por amigos no site de relacionamento da mulher dele, uma cantora evangélica que se casou com Florisvaldo dentro da penitenciária.
Cabo Bruno foi preso pela primeira vez em 1983 e levado para o presídio militar Romão Gomes, na capital. Entre 1983 e 1990, o ex-pm fugiu três vezes da unidade, uma delas inclusive depois de fazer funcionários reféns. Em maio de 1991 foi recapturado pela quarta vez, e nunca mais saiu.
Em junho de 1991 Florisvaldo foi levado para a Casa de Custódia de Taubaté, onde ficou até 1996. Dentro do piranhão da Custódia, unidade onde nasceu uma das principais facções criminosas do Estado, o ex-policial permaneceu os mais de cinco anos em uma cela isolado 24 horas dos demais presos.
Em 1996, Florisvaldo foi levado para o Centro de Observação Criminológica, onde ficou até 2002, quando foi transferido para a P2 de Tremembé. Em 2009 ele passou do pavilhão do regime fechado da P2 para o semiaberto, dentro da mesma unidade, separados apenas por uma muralha.
Em 2012, ele teve o benefício da saída temporária do Dia dos Pais, ganhando o indulto pleno e sendo liberado no dia 23 de agosto.
Fonte: veja.abril.com.br | Divulgação: Midia Gospel

 
Cabo Bruno matava por não acreditar em mudança
 
Missionário da Igreja do Evangelho Quadrangular, Ministério Casa do Leão, Carlos, conhecido como Carlão, conta na frente do púlpito, na noite do domingo (23/09/2012), que conheceu Florisvaldo de Oliveira, antes conhecido como Cabo Bruno, no Presídio de Tremembé. Começava um entre muitos depoimentos do culto para empossar como pastor da Igreja Refúgio em Cristo, em Taubaté, o homem que nos anos 1980 foi considerado o justiceiro mais temido de São Paulo. "Florisvaldo me ensinou a beijar no rosto os homens que eu respeito e gosto", disse Carlão que, antes de se converter, morou durante 14 anos na rua. "Obrigado por fazer parte da minha história."
Pouco mais de um mês depois de ser colocado em liberdade, Florisvaldo de Oliveira assumiu no domingo (23/09/2012) a função de pastor, substituindo do cargo sua mulher, Dayse França, que comandou a igreja durante dois anos. A cerimônia durou quase 2h30 e teve a presença de mais de dez pastores, uma comitiva de quatro representantes da sede da igreja no Rio, carcereiros do presídio e ex-detentos convertidos.
Antes de começar o culto, às 19 horas, Florisvaldo passou de banco em banco, cumprimentando a todos. Magro, de cabelos brancos, com um terno azul-escuro de três botões e risca de giz, dava um beijo no rosto de todos os homens presentes. No começo do culto, seus três enteados, filhos de Dayse, entoaram canções religiosas que levaram parte dos 50 presentes às lágrimas.
Na igreja, um antigo restaurante todo envidraçado, no topo de uma colina, os presentes eram chamados para falar a respeito da transformação de Florisvaldo. "O mundo todo e a sociedade podem olhar para você atravessado. Ele (Jesus) olha reto", iniciou a pregação o pastor Airton, olhando para Florisvaldo, que acompanhou os testemunhos de olhos fechados. Durante as músicas, dançava discretamente e levantava a mão direita.
Recuperação
Há exatos 30 anos, em 1982, quando ainda era soldado da Polícia Militar, Cabo Bruno passou a matar os jovens dos bairros da periferia da zona sul da cidade suspeitos de serem criminosos. Bancado pelos comerciantes locais, se tornou um dos justiceiros mais famosos e temidos de São Paulo. Matava por não acreditar na recuperação dos "bandidos" que, para ele e para os demais justiceiros e seus financiadores, deveriam ser exterminados. Em entrevistas a jornais, dizia, orgulhoso, ter matado mais de 50 pessoas.
Na cerimônia do domingo (23/09/2012), ele e os demais testemunhavam justamente sobre as chances que devem ser dadas para que as pessoas possam mudar. "Todos podem mudar. Essas mudanças são o maior milagre de Deus", dizia o irmão Pedro Silvestre. "Não cabe a nenhum de nós julgar o próximo, ainda que seus pecados sejam vermelhos como o escarlate, se tornarão brancos como a neve", dizia o bispo Vladimir, da Igreja Refúgio em Cristo, que veio do Rio especialmente para a cerimônia.
Almas resgatadas
Depois de 21 anos preso, considerando as três fugas ao longo dos anos 1980, Florisvaldo e outros pastores defendiam os prisioneiros e o trabalho missionário nas cadeias. "Lá dentro tem homens e mulheres de Deus. Quem não pecou que atire a primeira pedra. As almas deles precisam ser resgatadas."
Desde que se converteu, segundo os depoimentos, Florisvaldo se mostrou uma pessoa metódica e empenhada. Construiu uma igreja no Presídio de Tremembé. Fez o púlpito com madeira, pintou de azul, lixou e pintou de novo. "Se eu não ficasse tanto tempo, talvez não estivesse agora aqui", disse.
As trágicas histórias que viveu não foram mencionadas durante o culto, ao contrário do que costuma ocorrer nos testemunhos evangélicos. "Queremos esquecer o passado", disse a mulher, Dayse. "Somos hoje servos de Deus e queremos ter paz para viver."
Filho. No culto estava presente ainda a missionária Alaíde Pereira que, em 1991, foi a primeira pessoa a sugerir que Florisvaldo mudasse de vida. Ela chorou ao longo de toda a cerimônia. "Ele é um filho para mim", disse.
A mulher, Dayse, pediu a todos que orassem pelo sucesso do novo pastor. Depois de assinar o documento de posse, Florisvaldo fez sua primeira fala como pastor. Disse que iria saquear o inferno, tomando as almas de Satanás e as entregando para um reino de luz. "Nunca fui de ficar parado", disse o evangélico, que agora diz continuar sua guerra de forma pacífica. Ele não quis falar com a reportagem. Desde que saiu, Florisvaldo não falou com a imprensa. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Fonte: Diario do Grande ABC | Divulgação: Midia Gospel

Cabo Bruno já morreu, diz advogado do ex-policial
 
 
O Cabo Bruno já morreu. O que resta agora é o cidadão Florisvaldo de Oliveira, um homem que sabe que errou, que pagou pelos seus erros e que deseja recomeçar a vida. Um homem que, também, foi preso e condenado por vários crimes em um momento delicado da história política do país, quando havia grande insatisfação contra militares, então de saída do poder. Isso é, em síntese, o que pensam o advogado do ex-policial militar, Fábio Tondati Ferreira Jorge, e a sua mulher, Dayse da Silva Oliveira.
Para o advogado, a decisão de soltar o ex-policial está "completamente dentro da lei". "Era uma decisão esperada, ainda que tardia." Segundo ele, Bruno era "outra pessoa" no momento da prisão, em 1983 -quando os crimes atribuídos a ele tiveram grande repercussão. "Na época, ele estava empolgado com a situação. A Polícia Militar também era outra", afirma. "É como ele diz: o cabo Bruno morreu há anos. O que restou é o Florisvaldo."
Jorge diz que o ex-policial "tem consciência de que cometeu algum crime", mas afirma que também foi vítima do momento político. A prisão deu no final da ditadura militar (1964-84), quando o país experimentava um movimento crescente por democracia e Justiça liderado por estudantes, sindicatos e partidos políticos. "Quando o grupo de jurados era de empresários e pessoas mais velhas, ele era absolvido. Era tido como justiceiro. Quando era de estudantes e jovens, saía a condenação. Era a época de transição, em que os estudantes queriam acabar de vez com o militarismo no país", disse.
Jorge afirmou que, com a saída da prisão, cabo Bruno teme represálias. "É lógico que ele tem algum receio [de que algo aconteça com ele devido aos crimes]. Mas é evangélico e acredita que essa situação é passado. Ele cometeu um erro e pagou", disse.
Segundo a Folha apurou, no entanto, o ex-PM nunca fez questão de se desvincular do apelido de Cabo Bruno -era por esse nome que ele era chamado pelos presidiários.
SEGUNDA CHANCE
Moradora de Taubaté, pastora da Igreja Refúgio em Cristo e cantora gospel, a carioca Dayse, 45, é casada com Bruno há quatro anos. Ela o conheceu há sete, durante trabalho voluntário de evangelização na penitenciária. Questionada sobre as mais de 50 mortes atribuídas ao marido, disse: "A gente sabe que nem cem anos pagariam o erro que ele cometeu. Deus e a Justiça estão dando outra chance a ele e a gente espera que a sociedade também dê."
 
Fonte: Folha | Divulgação: Midia Gospel
 
Com o tempo, policial virou justiceiro, diz major sobre Cabo Bruno
 
 
Major da PM, o deputado estadual Olímpio Gomes (PDT) diz que o ex-soldado Florisvaldo de Oliveira, Cabo Bruno, tinha um forte sentimento de Justiça, mas acabou se tornando um justiceiro.
Folha - Quem é o cabo Bruno?
Olímpio Gomes - Era muito bom policial no serviço e um sujeito com sentimento de Justiça. Ao longo do tempo, ele acabou tendo um comportamento de justiceiro. Em um momento, começou-se a ter a cultura que, se não foi ninguém, foi o Bruno. Ele acabou assumindo problemas que não eram dele.
Mas ele foi condenado.
Sim, teve uma série de condenações porque assumiu um perfil de justiceiro e cometeu crimes. Acho que foi uma das pessoas que mais cumpriram pena no país. Foi preso com 25 anos e ficou 27 preso. Ficou mais em confinamento do que em liberdade.
Qual é a sua relação com ele?
Não trabalhamos juntos. O Bruno pintava quadros no presídio e a mulher dele, que estava com extrema dificuldade financeira, pediu para ajudá-la. Comprei alguns quadros e indiquei algumas pessoas para ela vender. Tive contatos com ele quando precisei visitar o presídio.
E como ele é?
É um cara absolutamente tranquilo, calmo.
O sr. tem ideia do motivo de ele ter praticado esses crimes?
Muitas pessoas sonham em ser polícia. Alguns realizam esse sonho, mas vários ficam com um sentimento de que a Justiça não foi feita. Infelizmente, há uma minoria que, por causa dessa decepção, acaba desviando o caminho e se tornando justiceiro.
Ex-PM deve ter Jesus no coração, afirma advogada
Advogada que auxiliou na acusação da Promotoria contra o Cabo Bruno, Neide Caetano diz que espera que ele esteja recuperado.
Folha - Como teve contato com o caso?
Neide Caetano - Até 1988, trabalhei no Centro Santo Dias de Direitos Humanos e recebemos várias denúncias de pessoas da região sul sobre assassinatos.
Como o Cabo Bruno ficou famoso?
Na década de 1980, as pessoas diziam que havia um esquadrão da morte que agia na região sul da cidade. Comerciantes contratavam policiais para matar ladrões. Um dos policiais se destacou, era o Cabo Bruno.
Como vê a soltura dele?
Tenho tendência a achar que ele tem direito a recuperação. Pelo que li, ele se tornou pastor evangélico. Agora ele deve ter Jesus no coração. Acredito e espero que agora ele não cometa mais nenhum crime.
Fonte: Folha de São Paulo | Divulgação: Midia Gospel
 
 
Depoimento: Lenda do Maverick preto aterrorizava a zona sul
 
 
"O Maverick do Cabo Bruno acabou de passar na Sabará [avenida Nossa Senhora do Sabará, na zona sul de São Paulo]." Esta era a senha para que eu, com 12 anos à época, e meus amigos saíssemos correndo do fliperama direto para casa.
Na maioria das vezes, era apenas uma desculpa que o Luis, dono do fliperama, dava para que todos os moleques fossem embora. Uma por conta de nossas mães enfurecidas que iam nos buscar quando demorávamos a chegar após as aulas, e outra por causa do Juizado de Menores, que era bastante atuante.
O nome Cabo Bruno causava temor nos jovens da região. O medo era tamanho que qualquer Maverick, Opala ou Chevette pretos (carros que afirmavam serem usados pelo ex-PM em suas incursões pela zona sul) que avistássemos na rua já eram motivo para as pernas tremerem --mesmo sabendo que a Vila Arriete, onde moro, não era um lugar onde ele costumava procurar suas vítimas.
Todo caso de assassinato que ocorria na região era atribuído ao Cabo Bruno. Isso só fazia aumentar o medo.
Certa vez, fui à padaria e vi um Maverick preto estacionado na porta. Entrei sem olhar para os lados. Ao entregar o pão e o leite, o balconista deve ter percebido a minha cara de assustado e disse que o Cabo Bruno estava do outro lado bebendo cerveja.
Olhei para o canto e vi um cara alto de cabelos claros com corte tipo militar (características que diziam que ele tinha na época). Dei o dinheiro para a moça do caixa e saí correndo. Não peguei nem o troco. Além do susto, ainda levei um puxão de orelha da minha mãe. Até hoje não sei se realmente era ele.
CINEMATOGRÁFICO
Quase três décadas depois, vejo que o homem que era o terror da molecada na zona sul passou por momentos que renderiam um filme. Fugiu três vezes do presídio e acabou sendo preso novamente em Paragominas (PA), a quase 2.700 quilômetros de distância de São Paulo.
Depois de ter sido recapturado, ainda perdeu um filho de oito anos enquanto estava na cadeia. Segundo contam, virou pintor e pediu que sua mulher vendesse seus quadros para ajudar nas finanças da casa e na compra de medicamentos para uma filha.
Ainda na prisão, afirma ter virado pastor e queria evangelizar outros detentos, entre eles um jovem acusado de matar seus próprios familiares. Há quem diga que é outra pessoa.
Na minha memória, entretanto, a lembrança dele ainda me causa arrepios.
Fonte: Folha de São Paulo | Divulgação: Midia Gospel
 
A vida em liberdade - História do Cabo Bruno
 
 
Cultos evangélicos, visita a parentes e medo do crime organizado: como tem sido a rotina de Cabo Bruno, líder do mais famoso grupo de extermínio da década de 1980 em São Paulo, após 27 anos de prisão.
Na noite fria da quinta-feira 30 de agosto, o culto na Igreja Pentecostal Refúgio em Cristo reunia pouco mais de 30 pessoas, a maioria mulheres e crianças, acomodadas nas cadeiras de plástico do templo localizado ao lado de um terreno baldio no bairro da Fonte Imaculada, em Taubaté – cidade distante 130 quilômetros de São Paulo. De calça social e jaquetão, o rosto vincado por rugas, um homem grisalho permanece sentado na parte direita do púlpito com os olhos fechados. Até que alguém o chama para pregar.
De fala cadenciada e dicção escorreita, ele conta parábolas, cita, sem olhar a “Bíblia” à sua frente, versículos inteiros do Evangelho e se permite uma confissão: a alegria de ter feito, pela primeira vez em sete anos de relacionamento, as compras de supermercado com a mulher, a pastora e cantora gospel Dayse França, 46 anos. Tal confidência descortina o passado do orador. Faz apenas sete dias que Florisvaldo de Oliveira, 53 anos, conhecido como Cabo Bruno, deixou a prisão, após 27 anos de cárcere.
 
Cabo Bruno disse que parou de contar na 33ª morte. Mas foram mais de 50
As palavras do atual missionário são diametralmente opostas, em conteúdo e tom, às proferidas por ele em 1984, quando liderava um grupo de extermínio na zona sul da capital paulista. À época, foragido da Justiça, Cabo Bruno disse para as lentes de uma emissora de televisão: “No começo, eu contava as pessoas que matava. Mas parei no 33 e acabei perdendo a conta. Acho que já passei de 50 mortes.” Contando com a benemerência de comerciantes da região e sob o pretexto de combater o “mal”, o ex-policial militar personificou, como nenhum outro antes ou depois dele, a PM que mata, sem nenhuma possibilidade de defesa, os supostos criminosos. Ficaram célebres as execuções comandadas por ele, que trafegava pela periferia paulista em carros escuros, a exemplo da chacina em uma pequena oficina de móveis, onde seis jovens foram assassinados a tiros. Por esse crime, foi condenado a 43 anos. 
Nos primeiros dias em liberdade, Cabo Bruno saiu pouco da casa alugada por sua mulher em Pindamonhangaba – cidade vizinha a Taubaté –, que divide também com os três enteados. Visitou amigos com os quais deixou pertences em Pindamonhangaba e Taubaté, frequentou três cultos evangélicos, conheceu parentes da esposa e foi a uma agência bancária. As histórias do passado como policial militar ele se limitou a contar a um dos enteados, sob o olhar incrédulo da pastora Dayse França, cujo nome civil é Dayse Silva de Oliveira. “Eu não conheci o passado dele. Para mim não existe Cabo Bruno, e sim o pastor”, afirma. O casal se conheceu há sete anos, quando a missionária foi realizar trabalho comunitário na prisão onde Cabo Bruno cumpria pena. O casamento completou quatro anos e, durante todo esse período, os dois se viam uma vez por semana, durante as visitas. “Estamos convivendo pela primeira vez, ainda em lua de mel”, diz Dayse, que fundou uma filial da Refúgio em Cristo, no final de 2010. A Igreja Pentecostal tem matriz no Rio de Janeiro.
Cabo Bruno não admite, mas está com medo. ISTOÉ apurou que uma eventual morte dele é considerada um troféu valioso pelos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), a principal organização criminosa do Estado. “Sempre vai haver essa possibilidade (de vingança) e a gente tenta evitar se expor ao máximo por causa disso. Eu não posso ficar só escondido, eu acredito que o mesmo Deus que me protegeu até hoje vai continuar me protegendo”, afirma. Dayse conta que, nos primeiros dias fora da cadeia, seu marido parecia incomodado, um pouco assustado, ainda tentando se acostumar à sensação de liberdade. À ISTOÉ o ex-policial revelou que passará o mês de setembro visitando parentes, a mãe e as filhas que moram em São Paulo.
O atual missionário diz sonhar em viajar para pregar o Evangelho. Quer ser chamado pelo apelido de infância, Bruno, sem a patente que lhe deu fama de “Matador da Zona Sul”. Ele se esquiva a falar desse passado, a não ser que seja por dinheiro. ISTOÉ conversou rapidamente com Bruno, em duas ocasiões – uma por telefone e outra na igreja. Nas duas oportunidades, ele afirmou que uma entrevista mais longa seria feita apenas sob remuneração, pois as anteriores apenas trouxeram prejuízo à sua imagem. Ele teria chegado a negociar com uma emissora de televisão, a quem pediu R$ 50 mil, de acordo com seu advogado Fábio Tondati Ferreira Jorge, mas a transação não foi adiante. O dinheiro resultante de uma entrevista seria usado para viagens missionárias e para se afastar de potenciais inimigos, como reiterou à ISTOÉ sua mulher, Dayse. “Só vou me expor e dar uma entrevista se for remunerada. Por enquanto eu estou podendo andar sossegado, o que está saindo na televisão são fotos antigas, então as pessoas não podem me identificar”, afirma. Na quinta-feira 30, durante o culto em Taubaté, ISTOÉ fez a primeira imagem de Cabo Bruno após sua liberdade.
 
 
Na prisão, após três fugas, houve a declarada conversão, a ponto de Cabo Bruno se tornar o capelão do presídio – o que explica sua presença no culto evangélico na noite da quinta-feira 30, uma de suas raras saídas à rua após a liberdade. Depois de falar por 15 minutos, sob aplausos e salvas de “Aleluia!”, o ex-policial volta a se sentar, postura ereta, mão sobre mão. Um homem presente ao culto pede a palavra e o exorta a não se desviar do caminho da fé. “Quando a gente apaga algo que está escrito a lápis sempre deixa vestígios no caderno. Quando o sangue de Cristo passa por cima não fica vestígio nenhum”, afirma o fiel. Bruno segura a mão da mulher com força e parece chorar. Mantém-se nessa posição durante o restante da celebração. Ao final, um dos presentes se ajoelha e pede que o ex-policial o abençoe. Ele segura a cabeça do rapaz com força e diz palavras em voz baixa, por dois minutos. “Meu principal chamado é ser este pastor, eu saí da prisão para isso”, afirma à ISTOÉ.
Entre 1983 e 1990, Cabo Bruno fugiu por três vezes de penitenciárias paulistas. Ficou detido em definitivo a partir de 1991. Desde então, cumpriu ininterruptamente 21 anos de detenção, sendo os seis primeiros na Casa de Custódia de Taubaté, em regime de isolamento dos outros presos. Neste período, sem direito a banho de sol por questões de segurança, ele aprendeu a pintar quadros de paisagismo, cujas vendas sustentavam sua família fora da prisão. Agora em liberdade, o ex-policial quer continuar a pintar quadros. Famoso colecionador de obras de arte, o banqueiro Edemar Cid Ferreira, condenado por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta por conta da quebra do Banco Santos, chegou a comprar dez obras de Cabo Bruno, no valor de R$ 1,5 mil cada. Juízes e promotores e outras autoridades também estão entre seus compradores. “Mas só vou me dedicar a pintar nas horas vagas”, diz ele.
 
 
SOBREVIVÊNCIA- No isolamento da prisão, o ex-policial aprendeu a pintar e começou a comercializar seus quadros, vendidos a R$ 1,5 mil cada. Entre seus clientes, juízes e promotores
Em 2009, Bruno passou para o regime semiaberto no P2 em Tremembé, mas saiu apenas uma vez, durante o último Dia do Pais, em 12 de agosto. No último dia 21 de agosto, a juíza Marise Terra Pinto Bourgogne de Almeida concedeu o indulto, com parecer favorável do Ministério Público. A libertação foi determinada com base no decreto 5.648/2011, da presidenta Dilma Rousseff, que prevê a soltura de presos de bom comportamento que cumpriram mais de 20 anos da pena. Ele foi condenado a mais de 117 anos, dos quais cumpriu um total de 27, mas, pela lei, não deve mais nada à Justiça brasileira. Apesar disso, ainda se debate com seu incômodo passado. “O que marca minha vida e que eu não gosto é Cabo Bruno. Porque faz parte dos processos, dessa coisa jurídica. Cabo Bruno é uma coisa do passado, que para mim está morto. Essa história está enterrada”, diz o ex-policial.
 
Fonte: Revista Isto é | Divulgação: Midia Gospel

domingo, 23 de setembro de 2012


QUANDO VI ESTA IMAGEM, ME SENTI MUITO TRISTE POR TODAS AS PESSOAS EGOISTAS QUE NÃO AGRADECEM A DEUS POR SUAS VIDAS MARAVILHOSAS, SE QUEIXAM POR BESTEIRAS, DUVID...

grande campanha de Daniel


portal@fontedavida.com.br por  server.sistemafonte.com.br 
21 set (2 dias atrás)
para contatopaulo.dejesuselyeth.martinspriscilacmelofabioleandrosancatiamarelaswalteroreidostresnaidiaspalessandrosarq.willianpp-mercierarifmoraiswlamircubabphelesaugustosuzannawhitakerwesleicardozoradimannrenatamp12eder_balakadize_6webdeborah_fs1claudinhainusacarlaclaro
Dia 30 de Setembro haverá transmissão ao vivo do culto da Campanha de Daniel, a partir das 20h, para todos os salões da Fonte da Vida pela Fonte TV (Canal 5 Goiânia e região metropolitana, Canal 4 NET Goiânia, Canal 9 NET Anápolis, Canal 16 Águas Lindas-GO e entorno de Brasília ou pelo Satélite B4 Starone Frequencia 4144 polarização horizontal), Rádio Fonte 103,7 FM Aliança Notícias 1090 AM e pelo Portal Fonte da Vida no www.fontedavida.com.br ou pelo Facebook.

Lembrando que domingo dia 23 e quarta-feira dia 26/09 a transmissão acontece em horário habitual pelo Portal Fonte da Vida e pelo Facebook.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Líder russo diz que a Terceira Guerra Mundial


Líder russo diz que a Terceira Guerra Mundial deve iniciar-se este ano

12/03/2012

 Vladimir Zhirinovsky, líder do Partido Liberal-Democrático e candidato presidencial da Rússia assustou seus eleitores ao advertir que a Terceira Guerra Mundial pode começar ainda este ano, durante o verão europeu (entre junho e setembro). De acordo com o político, o foco do próximo conflito será no Oriente Médio, especificamente o Irã e a Síria. 

De acordo com o plano dos EUA, insiste Zhirinovsky, o conflito será desenvolvido da seguinte forma: após a queda de Bashar al-Assad na Síria, os norte-americanos apoiarão um golpe militar no Irã. Por sua vez, isso aumentará as tensões entre outros países da região. ”Após dominar a Síria durante o verão, os EUA vão atacar o Irã. O Azerbaijão vai aproveitar para anexar novamente a região de Nagorno-Karabakh. 

Isso causaria revolta na Armênia, mas a Turquia apoia o governo do Azerbaijão. Cria-se assim um conflito entre Armênia e Azerbaijão que  deverá envolver o país vizinho. A Geórgia. 

A Rússia será obrigada a proteger as suas fronteiras do sul e haverá uma “luta em várias frentes ao mesmo tempo”, disse Zhirinovsky durante uma entrevista à estação de rádio Mayak. 

Analisando a situação atual, o candidato nacionalista disse que o conflito internacional foi iniciado pela EUA há 20 anos e desde então só cresce. 

“Na verdade, a Terceira Guerra Mundial começou em janeiro de 1991, quando Os Estados Unidos fizeram o Iraque atacar o Kuwait. Até agora, os norte-americanos e seus aliados já tentaram ocupar sete países árabes. Em seguida, eles devem tentar controlar a Rússia e a China através de todos estes territórios do sul”, disse o político russo. 

A justificativa para isso tudo seriam objetivos econômicos. Segundo Vladimir, o petróleo e a energia são a base de tudo. "Mas hoje os EUA não produzem esses produtos  suficientemente, por isso pretendem controlar todas as nações geradoras da energia do mundo. Já ocuparam os árabes e a Ásia Central. Vão tentar assumir o Irã, que exporta 20% do petróleo mundial . Em seguida, controlarão quase 70% das exportações, excetuando-se, talvez, a Rússia e outros países como a Venezuela”. 

Em seu programa presidencial, Vladimir Zhirinovski define os Estados Unidos como sendo “a única fonte de agressão que possui uma política incompatível com os modelos de segurança global”. 

Vladimir é famoso por difamar seus adversários políticos, instigando brigas físicas no parlamento e por fazer discursos inflamados contra o Ocidente em geral e os judeus em particular. Seu ódio por Israel é bastante conhecido. No passado, ele defendeu o uso de armas nucleares contra os rebeldes chechenos e a retomada do Alaska dos Estados Unidos, lembrando que o Alaska foi negociado pelo Império Russo em 1867 e comprado pelos EUA no valor de 7 milhões e 200 mil dólares.


Fonte: fim dos tempos.net

Coca-Cola e Pepsi estão causando câncer



11/03/2012




Afinal, como se suspeitava, a Coca-Cola e a Pepsi podem ser prejudiciais à saúde. O "corante caramelo" apontado como um dos ingredientes desses refrigerantes não é um inofensivo produto "natural" à base de açúcar caramelizado, mas sim um composto químico conhecido como 4-MEI ou 4-MI (4-methylimidazole) potencialmente cancerígeno, denunciou o Center for Science in the Public Interest-CSPI, o organismo público de defesa do consumidor nos EUA com sede em Washington.

O 4-MEI é um corante orgânico sintético idêntico ao natural, obtido pelo processo de sulfito de amónia, utilizado para dar a coloração escura aos refrigerantes. Experiências em animais demonstraram que pode provocar câncer..
Um comunicado à imprensa divulgado pelo CSPI refere que análises químicas em amostras de Coca-Cola e Pepsi revelaram níveis muito elevados do corante cancerígeno nos refrigerantes. Entre 145 a 153 microgramas (de 4-MEI) em latas de Pepsi; 142 a 146 microgramas em latas de Cola; e 103 e 113 microgramas em latas de Diet Coke.

Na Califórnia, produtos que contenham acima de 29 microgramas de 4-MEI devem ser rotulados advertindo que podem provocar câncer. Com base no modelo de risco adoptado na Califórnia,  o Center for Science in the Public Interest-CSPI estima que o corante caramelo encontrado nas amostras de Coca-Cola e Pepsi é responsável por cerca de 15.000 casos de câncer na população norte-americana.



A CSPI já pediu à Food and Drug Administration (FDA, organismo norte-americano que controla os medicamentos e os alimentos) para proibir o corante. Na Califórnia, o composto químico faz parte da lista de substâncias reconhecidamente cancerígenas.
A CSPI alerta que os mais jovens, com menos de 20 anos, são os mais vulneráveis, por consumirem grandes quantidades de refrigerantes, além de serem mais susceptíveis ao câncer do que as pessoas mais velhas.

A FDA, que está a analisar o pedido da CSPI, diz que seria preciso uma pessoa beber, diariamente, 1000 latas de Coca ou Pepsi para contrair cancro.
O diretor-executivo do CSPI discorda da FDA. Numa conferência de imprensa, Michael Jacobson afirmou que corantes cancerígenos não podem, pura e simplesmente, fazer parte da cadeia dos alimentos, tanto mais que são apenas cosméticos.

"A Coca-Cola e a Pepsi, com a aquiescência da FDA, estão desnecessariamente expondo milhões de norte-americanos a um químico que provoca câncer", disse. "A coloração é apenas cosmética, não acrescenta sabor", de modo que o 4-MI pode perfeitamente ser substituído sem prejuízos para o produto. Por outro lado, a FDA precisa proteger os consumidores proibindo esse corante", enfatizou o diretor executivo do CSPI.


Confrontada com os resultados das análises químicas, a Coca-Cola e a Pepsi disseram à CSPI que vão alterar a quantidade do corante nos refrigerantes vendidos nos EUA.
Numa entrevista à Rádio Pública Nacional, a porta-voz da Coca-Cola, Diana Garza Ciarlante, afirmou que embora os produtos nunca tenham oferecido perigo para a saúde, a empresa tomou a decisão de reduzir a quantidade de 4-MEI nos refrigerantes vendidos na Califórnia, devendo estender a medida ao resto do país.
A American Beverage Association, que representa a indústria de bebidas norte-americana, por sua vez, publicou na sua página na Internet um comunicado a dizer que "a ciência simplesmente não prova que o 4-MEI em bebidas ou alimentos representa uma ameaça à saúde humana".
O CSPI pediu ainda à FDA que o 4-MEI ou 4-MI passe a chamar-se "corante caramelo quimicamente modificado" ou "corante caramelo por processo de sulfito de amónia", e que nenhum produto possa ser chamado de "natural" se contiver a substância.


Expresso pt

a terceiraguerra mundial estas as portas


A Terceira Guerra Mundial, é um Fato e que já está começando; a prova de tudo isso é a investida americana contra o exercito de Muammar Kadafi na líbia, Contra o Ditador do Sudão Omar Al Bashir e outros países do Norte da africa e oriente Médio.
Tudo isso tem sido provocado pelo EUA, que com o Exercito de Barack Obama. (Presidente que ganhou o Prêmio Nobel da Paz) que retirou as tropas do paquistão no mês passado com a "desculpa" que precisava cortar Gastos para sua reeleição, o que na verdade é mentira; porque muitos soldados não voltaram para os Estados Unidos, e sim foram mandados para líbia na Guerra contra o exercito líbânes de Muammar Kadafi; a Função Supostamente apresentada pelo EUA era de "salvar" a população das tropas de Kadafi, que estavam Supostamente massacrando a população e desrespeitando os Direitos Humanos.
Mas na Verdade o EUA não está ajudando a população e sim agravando mais a Situação politica e econômica do país; com seus Ataques que mataram por "engano" vários "rebeldes" e ainda fizeram muitos danos as cidades atacadas. enquanto isso, a Mídia Divulga apenas os atos mais Relevantes, como Protestos da população, que na Verdade não é contra Kadafi e sim Reformas Políticas e que parem as Guerras. Mas o EUA além de tudo tem Vários navios de Guerra na costa do Sudão onde está tendo protestos contra o Governo de Omar Al Bashir.
Também Lembrando é que o Governo Brasileiro é A FAVOR de todas as Estratégias políticas aqui apresentadas, um Exemplo disso foi que o Presidente Lula se Recusou a Sentar ao Lado do ditador do Sudão em um almoço no Qatar, onde aconteceu a cúpula entre países árabes e sul-americanos em Doha. o Ditador Sudânes é acusado de crimes de guerra e contra a Humanidade na região de Darfur No Sudão.
O EUA tem um Grande exercito muitas Armas (inclusive bombas nuclear e outras tecnologias) e além de tudo muitos aliados políticos e comerciais que não ficariam contra o EUA, mas nós não somos obrigados a aceitar tudo isso sem questionar e/ou interferir. Veja o Vídeo Abaixo onde um Jornalista americano fala todos os Passos do Governo de Barack Obama.

Existe também uma Profecia que diz que a Terceira Guerra Mundial começara quando um Avião americano cair em Israel em Maio de 2012, eu Tratarei desse Assunto em um Outro Post mas o Fato é que a Terceira Guerra Mundial está prestes a começar, e o Estados Unidos Da América já está agindo e montando sua estratégia.